OLILLEimpia
Este
Já tinha em mente qual seria o tema de minha primeira coluna, no caso essa. Eu falaria sobre a maior equipe que já passou pelo Clube de Pais. Meu assunto seria o forte time do Olímpia, que em 2004, conseguiu a proeza de terminar a competição sem nenhuma vitória. Já tinha até comentando com alguns atletas deste mítico time, como o Márcio Matador, que aconselhou a conversar com Gebara e Tadeu, que também atuaram no Olímpia. Sem deixar passar o histórico Di, que aparecerá em minha próxima coluna, pelo feito deste time.
Porém, ao acompanhar o jogo do Lille, no último sábado, resolvi mudar um pouco meu foco. Mas só um pouco. A gloriosa história do Olímpia, com números, dados, informações de bastidores e entrevistas com personagens daquele time fica para próxima. Ou quem sabe vire uma matéria “free” para nosso site. Fica a ideia e minha disponibilidade para ajudar nisso.
Mas vamos ao que interessa. Pelo título, fica claro o que quero dizer. Será que teremos o renascimento do Olímpia? Será que depois de tantos anos, alguém quebrará esse número do time paraguaio? O City quebrou alguns fantasmas no ano passado, venceu torneio inicio e campeonato. Podemos ter duas histórias escritas em dois anos.
O time do Lille até o momento entrou em campo por sete vezes. Conquistou apenas um pontinho, contra o forte time do Bordeaux. No mais só derrotas, algumas bem vexatórias, como o 8 a 0 de sábado. O Lille tem a pior defesa do campeonato, sofreu 11 gols a mais que a segunda mais vazada. Tem média de 4,57 gols sofridos por jogo. Marcou nove gols, segundo pior ataque do torneio, média um pouco maior que um por jogo.
Mas o que chama atenção nesses números está oculto. Você tem ideia de quem forma a base desse time? A espinha dorsal? No gol, Vacaria, um dos melhores da competição. Se não bastasse só isso, foi vice-campeão em 2015. O capitão e zagueiro/volante/meia/atacante Gregório, que coleciona troféus de seleção do campeonato e foi peça chave para o título de 2015 do City. Mais um campeão do ano passado. Rodrigo Barp tem a categoria de poucos, mas parece que seu futebol ficou no City. Também coleciona troféus de craque da rodada, seleção do campeonato e melhor lançamento do torneio.
Ainda não acabou. No meio de campo nada mais nada menos que o fenômeno Jaque. Você já deu um tapa na redonda no Maracanã? Jaque já ergueu troféu lá, meu amigo. Acostumado a grandes jogos, campeão com o Uruguai em 2010, sendo capitão. Um dos jogadores mais completos do campeonato, só não tem mais o joelho de antigamente. Ele já pediu que se alguém achar esse joelho devolver, pois faz falta. E no ataque o badalado craque Marcinho, não o Tiriça, o verdadeiro. O Miksza. Vice-campeão em 2015. Destaque em 2014. Um fenômeno.
Do jeito que o negócio anda, eu acredito que o Olímpia virará história. E que surgirá uma nova lenda nos campos do Marista, o Lille. Onde contaremos histórias daqui 30 anos, lembrando os grandes feitos dessa máquina, que todos atropelaram. Que o texto sirva de motivação para os guerreiros deste time. Eles tem no próximo jogo a maior chance de buscar uma recuperação. Um confronto com o Lyon para reduzir a diferença para o vice lanterna e tirar a assombração do Olímpia das costas. Será que dá?
Para encerrar. Eu acredito que a culpa é do Bão. Foi capitão do Bangu e só dava pitaco ruim, exceto pelo fato de me escalar 90 minutos na zaga. Deve interferir na escalação, certeza. Por outro lado, alguns criticam o capitão Gregório, que teve a oportunidade de montar uma base do City e não quis. Mas a grande maioria sabe que é praga do Betão. Afinal, Gregório negou o pai três vezes, tipo passagem bíblica mesmo. Aí veio o castigo. Pede perdão que a fase melhora Greg, ou não.