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11.05.16 | TRAC Comunicação

Coluna do Grelove

Menos pressionado, depois do primeiro ponto do Lille no campeonato, é com grande prazer que me apresento para minha primeira coluna nesse ano de 2016.

Como de praxe, a falta de assuntos para escrever aqui deve trazer mais um fracasso para minha carreira de colunista, mas a diretoria do clube continua me convidando, então eu continuo escrevendo.

Hoje é terça-feira, 10/05, e agora são 19:24. Nesse momento, jogam no campo do Santa Quitéria as equipes do Nantes e do Saint-Ettiénne. Eu gostaria de estar ali assistindo à partida e comendo um pão com bife, mas tive que iniciar a minha coluna, pois tem prazo para entregar. Temos uma diretoria exigente.

Às 21:20, daqui à 1 hora e 50 minutos, será a vez do meu Lille entrar em campo. Então já peço desculpas, pois em um determinado momento vou parar de escrever para ir jogar.

Enquanto isso não ocorre, vou contar um pouco do enredo da partida da TV no último sábado, em que o Lyon venceu o Monaco por 1×0. Para início de conversa, certamente foi o jogo mais chato do ano até o momento. A torcida aguardava ansiosa para ver a atuação do Márcio Matador, porém o folclórico jogador parecia que não estava em campo. Ninguém passava a bola para ele. O jogo parecia que se encaminharia para um justíssimo 0x0, quando, aos 46’ do segundo tempo, em um cruzamento vindo da esquerda, o singular centroavante subiu mais alto do que toda a zaga do Monaco (no tira-teima, foi possível verificar que Márcio Matador saiu do chão exatos 4,53 cm… Recorde sul-americano entre centroavantes com mais de 130kg) e cabeceou para baixo, como manda o figurino. A bola bateu na trave e voltou para os pés de Edson Toninelo, que só teve o trabalho de empurrar para as redes.

Apitou o árbitro, 1×0, vitória do Lyon com gol de Edson. Depois disso o que se viu, foi um festival proporcionado pelo Matador. Mais uma vez, o tira-teima entra na jogada. Durante os 45 minutos em que esteve em campo, ele percorreu a exata distância de 833 metros. Sempre na grande área adversária. Gastou aproximadamente 78 calorias, atingindo uma velocidade máxima de 3,2 km/h (alcançada na comemoração do gol). Entretanto, o tira-teima calculou a distância percorrida pelo Matador após o fim da partida. Ele percorreu, exatos 2,3km (quase 3 vezes a distância que percorreu na partida) para contar a todos os torcedores sobre o “seu” gol. Foi até a curva, foi até o Guilherme mesário, voltou até a cantina, foi ao vestiário do árbitro Rafael Traci, voltou até a curva, foi até a casa dos irmãos Maristas para contar ao Ir. Balestro, foi até a entrada do colégio para abordar os transeuntes, voltou para a cantina, deu entrevista aos jornalistas (vejam no link https://clubedepais.com.br/quem-tem-matador-tem-sempre-chance-de-gol-falou-marcio-na-entrevista-pos-jogo/) e quando finalmente encontrou o seu filho Otávio, perguntou: “-Você viu o gol do papai?”

Edson, o verdadeiro autor do gol, olhava incrédulo e pensava: “Mas eu não sou pai dessa criança”!

No fundo, ele sabia, que o gol não lhe pertencia mais. O gol lhe foi furtado. Inclusive a própria equipe da TRAC que cobria a partida ao vivo, anunciou no facebook: “46 minutos do segundo-tempo, gol de Márcio Matador. Lyon 1×0”.

Márcio Matador tem certeza que o gol foi dele, Otávio tem certeza que o gol foi do pai dele, Edson já admite que o gol não lhe pertence mais e todos os que foram ao colégio e tiravam sarro do Matador até os 45 do segundo tempo, conformaram-se de que o gol foi dele. Prezada Diretoria, favor arrumar a súmula e a tábua de artilheiros! Esse gol foi do M.M.

Por enquanto é isso, agora preciso dar uma parada, porque vou ali ao Campo do Santa Quitéria. Vai começar em alguns instantes Lille x Angers. Retorno em algumas horas para finalizar a coluna!

Voltei! Perdemos! 5×4 com golaço de Márcio Moura no último minuto. Tô puto. Não vou terminar a coluna. Boa noite!

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