O professor Adelino Pelissari, de 66 anos, está há quatro anos longe dos gramados do Marista, mas não poderia deixar de ser homenageado na Supercopa das Estrelas. A equipe “Os Professores” representa o ex-atleta do Clube. Foram 40 anos de sala de aula, no curso de Agronomia da Universidade Federal do Paraná. E sua história no Marista começou muito antes dos gramados, veio de família.
Adelino foi aluno Marista em Maringá, assim como seus 11 irmãos. “Minha mãe sempre era homenageada como a mãe do ano. Com tantos filhos no Marista, não podia ser diferente, né?”, brincou Adelino. “Minha irmãs se tornaram professoras do Marista e comecei meu namoro, que depois virou casamento, no Marista também”, relembrou.
O vínculo com o Marista Paranaense iniciou antes mesmo do Clube de Pais. “Em 1979, eu já vinha jogar no campo e os pais já jogavam. Vim fazer um jogo contra os pais do Marista. Eu e o Jorge Welter (ex-presidente do CP) tínhamos um time da esplanada, onde eu morava aqui para baixo do colégio, e disputávamos jogos. E foi em um jogo Marista contra Esplanada que vim pela primeira vez. Ganhamos de 1 a 0 e eu fiz o gol”, contou o ex-atacante do Clube de Pais.
Sua entrada no Clube de Pais aconteceu em 1983, quando seu filho mais velho iniciou os estudos no colégio. Posteriormente, todos os seus filhos fizeram parte da instituição também. “Tinha um grupo de pais que era bem fechado. Para entrar não era muito simples, mas essa é uma característica do próprio curitibano. Comecei a jogar a minha bola e a me diferenciar. E o colégio fazia jogos fora, traziam outros times para jogar aqui e passaram a me convidar por eu jogar com uma certa desenvoltura. E com o tempo foi criada uma amizade muito intensa, que se perdurou por esses anos todos”, afirmou Adelino.
Em sua trajetória no Clube de Pais foi campeão por cinco vezes, mas destacou um momento marcante fora de campo, em 1986. “Saí para fazer meu doutorado na França e teve uma despedida de quase um mês. Teve até uma missa de despedida pra mim, aquele carinho. Viajei na segunda, no sábado fizeram uma missa no colégio, um futebol de despedida, foi muito emocionante. Uma alegria muito grande” contou o professor, que só retornou ao campeonato em 1991.
Sobre a homenagem, contou que foi uma surpresa. “Nem em sonho imaginava. Foi algo que está em outra dimensão. No dia da festa, passou o vídeo e, de repente, uma homenagem. E um time de “Professores”, com o escudo sendo minha figura estilizada, até com as cores das canetas que eu usava no bolso. Foi um momento que me eternizou. Recebi muitas homenagens como professor, muitas significativas, mas essa do colégio foi a que mais me marcou”, destacou Adelino.