A equipe Os Fiéis tem como símbolo o craque Luís Sá, uma das figuras mais carismáticas do nosso Clube de Pais. Nascido e criado em São Paulo, ele chegou a Curitiba em 1985. Torcedor do Corinthians, o que explica um dos motivos do símbolo e nome do time, tem uma fé inabalável e atua em instituições que trabalham em prol do próximo, fato que reforça a escolha do nome da equipe.
Seu início no Clube de Pais foi curioso, pois ele não jogava bola. “Eu fui levado pelo João Batista, que depois foi nosso presidente, em 1990. Vim para o Colégio, por indicação dele, para trazer meu filho Leonardo para jogar bola no Scremin. E eu não era de jogar bola. Acompanhava os jogos de fora. Mas ficava assistindo e conversando com os caras. Gostava de ver o Pepe dando umas botinadas no Trovão e nos outros”, brincou Luis Sá.
Ele conto como foi a migração do lado de fora para dentro das quatro linhas. “Nos treinos do Scremin, eu conheci e fiz muitos amigos, o Tadeu e seu irmão Bruno, Arion, Falavinha pai, Betão, Toninho Cavalli e muitos outros. Mas, com muita insistência do Joany, pai do João Guilherme, comecei a participar das peladas, pois sempre fui ruim de bola. Mas acho que a insistência maior que me fez jogar foi do Leonardo, foi por ele que coloquei minha primeira chuteira. Em São Paulo, eu só jogava salão”, relembrou.
Luis Sá teve participação fundamental para o crescimento do Clube de Pais, mas não foi em um cargo da diretoria. Na época, sua simpatia e sua facilidade de falar com as pessoas foram utilizadas de forma estratégica. “Eu participava das diversas discussões. Na época, não tinha essas divisões de cargos da diretoria que tem hoje e não era organizado. Mas eu que ficava arrebanhando novos membros. As pessoas eram contadas no começo para ver se saía um campeonato. E fomos agregando amigos e crescendo. Lembro de quando entrou o professor Néris, lembro do Nenê, pai do Angelo, que até hoje vai no colégio ver os jogos”, comentou Luis Sá.
São diversas boas lembranças de momentos em campo, mas Luis só não gosta muito de recordar a época de capitão. “Fui duas vezes. Fiquei em penúltimo”. Não faltam histórias para contar e Luis faz questão de compartilhá-las com todos para reforçar o que é o Clube de Pais e o espírito que o campeonato possui. “Um fato marcante foi o depoimento de um grande amigo. Ele tinha parado de jogar e eu insisti para ele retornar para jogar com os dois filhos. Eles tinham alguns problemas de relacionamento. Esse cara voltou e um dia ele me confessou que o fato de jogar com os filhos ajudou na aproximação deles. Isso é fantástico”, contou.
Jogar em seis equipes com o filho também foi marcante. Mas um título trouxe um misto de tristeza e alegria. “A final era Internacional, meu time, contra Britânia, time do Léo. Ele fez dois gols e eles abriram vantagem, mas meu time virou e fomos campeões. Foi um misto de alegria pelo título e tristeza pelo filho. E tivemos um churrasco do time para comemorar e meu filho foi junto e parabenizou a todos pelo título, foi muito legal”, relembrou.
Luis definiu o que representa o Clube de Pais nesses quarenta anos e a homenagem recebida. “O colégio e o Clube de Pais são uma continuação de nossas famílias. A quantidade de amizades sólidas que construí aqui é motivo de orgulho pra mim. Sem contar todos os valores transmitidos por todos que convivem ali. Eu me senti muito orgulhoso e honrado com a escolha. Veio na cabeça muitos amigos que trabalharam e se esforçaram para fazer esse grupo crescer e chegar onde está. Foram muitas histórias escritas nesse campo, inclusive de fora do Clube, com o Santos de Pelé treinando nesse gramado. E com certeza, muitas ainda por vir. Foi incrível o trabalho da diretoria. Estão de parabéns. Foi muito emocionante”, concluiu Luis Sá.